Durante um sonho, eu já presenciei um momento de surpresa. É como você sentir a presença de uma entidade invisível e quando olha atrás da porta, surpreende-se em encontrar uma outra coisa.
Eu não entendo. Mas vou esmiuçar a encrenca em que me envolvi.
A primeira hipótese é que, enquanto um sonho se desenrola, ele não recebe influências do meio externo. Se isso for correto, eu jamais poderia, durante um sono, sonhar um garfo se ao longo de toda minha vida anterior a esse sono eu nunca tivesse tido contato com a ideia de um garfo. Dessa forma, sonhar seria como partir a uma viagem com uma mala lacrada, contendo nela todas suas experiências de vida.
A segunda hipótese é que o sonhador, o "eu" do sonho, é detentor do mesmo intelecto que a entidade que produz o ambiente do sonho. Ou seja, o viajante e tudo que está dentro da mala são, na verdade, posições diferentes assumidas por um mesmo intelecto. Se assim for, o sonhador é, ao mesmo tempo, personagem e roteirista. Isso explicaria, por exemplo, por que eu posso sonhar com o diabo sem que ele se me afigure. O roteirista escreve "diabo" e, não tendo o roteirista mais informações que o personagem - pois eles são o mesmo -, o personagem sente "diabo", sem que a figura demoníaca necessariamente se lhe afigure aos olhos.
Para muitos, a primeira hipótese talvez seja precipitada. Afinal ela impossibilitaria casos de premonições. Mas eu a assumiria por não acreditar nesses casos que as pessoas e a ficção contam.
Eu não entendo. Mas vou esmiuçar a encrenca em que me envolvi.
A primeira hipótese é que, enquanto um sonho se desenrola, ele não recebe influências do meio externo. Se isso for correto, eu jamais poderia, durante um sono, sonhar um garfo se ao longo de toda minha vida anterior a esse sono eu nunca tivesse tido contato com a ideia de um garfo. Dessa forma, sonhar seria como partir a uma viagem com uma mala lacrada, contendo nela todas suas experiências de vida.
A segunda hipótese é que o sonhador, o "eu" do sonho, é detentor do mesmo intelecto que a entidade que produz o ambiente do sonho. Ou seja, o viajante e tudo que está dentro da mala são, na verdade, posições diferentes assumidas por um mesmo intelecto. Se assim for, o sonhador é, ao mesmo tempo, personagem e roteirista. Isso explicaria, por exemplo, por que eu posso sonhar com o diabo sem que ele se me afigure. O roteirista escreve "diabo" e, não tendo o roteirista mais informações que o personagem - pois eles são o mesmo -, o personagem sente "diabo", sem que a figura demoníaca necessariamente se lhe afigure aos olhos.
Para muitos, a primeira hipótese talvez seja precipitada. Afinal ela impossibilitaria casos de premonições. Mas eu a assumiria por não acreditar nesses casos que as pessoas e a ficção contam.
A autenticidade da primeira hipótese depende de minha crença - admito -, mas a da segunda pode ser confirmada pelos sonhos lúcidos, nos quais você manipula o que acontecerá no ambiente.
Se eu assumo essas duas, fico sem a seguinte resposta: como explicar o fato do personagem viver um detalhe que faltou ao roteirista e ainda sentir-se surpreso com isso?
2 comentários:
Não explica :D
E quanto ao seu tweet: você se esforçando mais para escrever = a gente se esforçando mais para entender = a gente desistindo de comentar alguma coisa. Simples assim.
Beijocas.
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