(Milton Nascimento/Ronaldo Bastos)
(...)
Alguém sorriu de passagem
Numa cidade estrangeira
Lembrou o riso que eu tinha
E esqueci entre os dentes
Como uma pêra se esquece
Sonhando uma fruteira
Na letra original, esse último verso é "Sonhando numa fruteira". Mas eu achei essa mudança fundamental. Nessa minha versão, a pêra está fora da fruteira, apartada de seu lar. O poeta também está em um ambiente estranho e o conforto de um sorriso qualquer lhe faz lembrar o conforto de estar em casa.
Eu sei, estou sendo atrevido. Palavra nenhuma deveria fazer frente com versos assim.
(...)
Alguém sorriu de passagem
Numa cidade estrangeira
Lembrou o riso que eu tinha
E esqueci entre os dentes
Como uma pêra se esquece
Sonhando uma fruteira
Na letra original, esse último verso é "Sonhando numa fruteira". Mas eu achei essa mudança fundamental. Nessa minha versão, a pêra está fora da fruteira, apartada de seu lar. O poeta também está em um ambiente estranho e o conforto de um sorriso qualquer lhe faz lembrar o conforto de estar em casa.
Eu sei, estou sendo atrevido. Palavra nenhuma deveria fazer frente com versos assim.
Okay, talvez isso também não seja uma fruteira. Mas se fosse uma daquelas fruteiras de metal com três andares de gavetinhas e rodinhas, a pera não sentiria saudade alguma, aposto.