Gastei metade de minha adolescência agachado ou debruçado sobre prateleiras dos sebos de Maringá. Sempre procurei conhecer o status daquilo que comprava, fossem discos ou revistinhas pornográficas. A mania de querer saber o nome de tudo, infelizmente, venceu o hábito de escolher um filme ou um livro pela sinopse, por exemplo.
Os sebos de Maringá são abarrotados de discos de vinil a preço de Milkybar, uma boa aos que amiúde acham aborrecida essa impalpabilidade da música comprimida. E foi isso que possibilitou essa minha lista de exceções - as capas são grandes e gostosas de olhar; ganham os olhos e depois o coração. Risos.
Então aí vai o meu top five de capas de LPs que me seduziram.
1. The Wake. Here Comes Everybody (1985)
É um sei-lá geométrico dum tal de El Lissitzky. Eu nunca sequer ouvira falar dessa banda escocesa, mas lucrei um disco post-punk legalzinho e ainda descobri o que era o construtivismo russo.
2. Lloyd Cole and the Commotions. Mainstrem (1987)
O olhar sofrido do rapaz boa-pinta me fez imaginar que se tratava de um discípulo do grande Leonard Cohen ou um outro Ian Curtis, vocalista suicida do Joy Division. E acho que não errei muito feio: essa banda, também escocesa, é um pouco folk e um pouco rock alternativo e chama a atenção pelo esforço lírico das letras.
3. Marina Lima. O Chamado (1993)
Okay, a Marina já era conhecida velha de guerra - meu pai sempre levava no porta-luva umas K7 dela. Mas foi só quando vi essa capa que decidi ouvi-la por opção. A faixa-título sustenta o disco juntamente com Pessoa, um cover do Dalto. Essa última de tão linda doi.
4. The Fall. Bend Sinister (1986)
Esse foi meu tiro mais certeiro. Diferentemente dos outros quatro, comprei não por achar a capa bonita, mas por supor que seria um bom disco post-punk. Sem querer, descobri um dos meus discos de rock preferidos. A parte lamentável é que, tendo visto dois deles juntos na prateleira, eu achei válido presentear uma garota com ele. Quando eu voltei ao mesmo sebo, cadê meu Bend Sinister, Jesus Cristo?
5. Fleetwood Mac. Bare Trees (1972)
O grupo eu pouco conhecia e não me chamara a atenção até eu ver as árvores peladas e a sincera e profunda desolação de seu cenário.
Os sebos de Maringá são abarrotados de discos de vinil a preço de Milkybar, uma boa aos que amiúde acham aborrecida essa impalpabilidade da música comprimida. E foi isso que possibilitou essa minha lista de exceções - as capas são grandes e gostosas de olhar; ganham os olhos e depois o coração. Risos.
Então aí vai o meu top five de capas de LPs que me seduziram.
1. The Wake. Here Comes Everybody (1985)
É um sei-lá geométrico dum tal de El Lissitzky. Eu nunca sequer ouvira falar dessa banda escocesa, mas lucrei um disco post-punk legalzinho e ainda descobri o que era o construtivismo russo.
2. Lloyd Cole and the Commotions. Mainstrem (1987)
O olhar sofrido do rapaz boa-pinta me fez imaginar que se tratava de um discípulo do grande Leonard Cohen ou um outro Ian Curtis, vocalista suicida do Joy Division. E acho que não errei muito feio: essa banda, também escocesa, é um pouco folk e um pouco rock alternativo e chama a atenção pelo esforço lírico das letras.
3. Marina Lima. O Chamado (1993)
Okay, a Marina já era conhecida velha de guerra - meu pai sempre levava no porta-luva umas K7 dela. Mas foi só quando vi essa capa que decidi ouvi-la por opção. A faixa-título sustenta o disco juntamente com Pessoa, um cover do Dalto. Essa última de tão linda doi.
4. The Fall. Bend Sinister (1986)
Esse foi meu tiro mais certeiro. Diferentemente dos outros quatro, comprei não por achar a capa bonita, mas por supor que seria um bom disco post-punk. Sem querer, descobri um dos meus discos de rock preferidos. A parte lamentável é que, tendo visto dois deles juntos na prateleira, eu achei válido presentear uma garota com ele. Quando eu voltei ao mesmo sebo, cadê meu Bend Sinister, Jesus Cristo?
5. Fleetwood Mac. Bare Trees (1972)
O grupo eu pouco conhecia e não me chamara a atenção até eu ver as árvores peladas e a sincera e profunda desolação de seu cenário.
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