É, perante essa pergunta eu também sempre hesitava entre negar e procurar uma resposta sem-graça. Atualmente, entre as respostas sem-graças que me cabem há os canhotos de tíquetes de cinema e comprovantes de pagamento de multa de atraso da biblioteca.
Há, porém, essa coleção que eu levei a me dar conta de que fazia. Ela começou há três anos, no ensino médio, quando me disseram que toda paroxítona terminada em i é acentuada. Oras, e há algum exemplo de paroxítona terminada em i, perguntei. Respondendo a essa pergunta, a professora me presenteou com a primeira peça de minha nova coleção: táxi. Desde então, eu sempre memorizei as paroxítonas terminadas em i que apareceram em minha vida, sem que, contudo, eu fosse atrás de nenhuma delas - pra agregar espontaneidade. Vale lembrar que eu ignoro expressões (fíndi), nomes próprios (Báli) e as terminadas em is (tênis, lápis).
Enfim, vou exibi-las ao mundo:
táxi, júri, biquíni, cáqui, ravióli, rúgbi, safári, dândi e beribéri
Nossa, mas só nove em três anos? Sim, e, a quem interessar, eu quero descobri-las sozinho.
Do mais, ocorreu-me de compor uma frase com todas, mas desisti pensando que nenhum período é tão grande tal que dândi e biquíni coexistam.
14 maio 2009
13 maio 2009
Clube da Esquina
Quando aprendia a tocar violão, minha mãe me desempoeirou uma pasta em que havia, entre outras coisas, várias daquelas revistinhas de cifra. Tão cedo quanto já mudava as posições da mão esquerda satisfatoriamente, vi aquela cifra com os acordes tão-ditos dissonantes, que me assemelhavam monstruosos, e passei a desejar ardentemente, um dia, desenvolver uma levada (agora, da mão direita) adequada ao andamento arrastado da canção.
Que eu não me esqueça, porém, de mencionar o motivo que me levou a escrever: num desses vai-e-vens a esse ingrato mundo das cifras de internet, deparei-me não só com um absurdo da automatização, mas também com a constatação de que a falange de meu dedo mindinho não é de borracha.
Voilà:
Alguém aí se habilita a montar o Cm7/9/G?
Hoje essa ambição me parece banal e eu não tenho paciência pra decorar a sequência de acordes.
Que eu não me esqueça, porém, de mencionar o motivo que me levou a escrever: num desses vai-e-vens a esse ingrato mundo das cifras de internet, deparei-me não só com um absurdo da automatização, mas também com a constatação de que a falange de meu dedo mindinho não é de borracha.
Voilà:
Alguém aí se habilita a montar o Cm7/9/G?
Assinar:
Postagens (Atom)